sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Cuide bem das aves de estimação -



FOTOS: SHUTTERSTOCK
Elas são falantes, bonitas, companheiras e divertidas. Esteja atento ao ambiente onde se planeja criá-las para que consigam viver bem

As aves podem ser excelentes companhias para quem gosta de um bichinho em casa. Mas o dono deve saber que, assim como qualquer outro pet, elas também precisam de atenção, além de muito cuidado com o cardápio e o ambiente em que vivem. As gaiolas, por exemplo, devem estar sempre posicionadas em local arejado, e não pode faltar água fresca, nem alimentação nas doses recomendadas pelo veterinário. Ainda é importante que o poleiro não fique em cima dos alimentos ou da banheira, evitando que os dejetos se depositem sobre eles.
Alimentação
O cardápio dos pássaros também precisa ser balanceado, e se engana quem pensa que eles se alimentam apenas de sementes. Normalmente, a alimentação deve ser composta 70% de ração. Os 30% restantes podem ser sementes - além das frutas, verduras e legumes, o que varia de acordo com cada espécie da ave. No caso do papagaio, por exemplo, "quando criado com uma alimentação baseada em sementes, ele vive em torno de 12 a 15 anos. Já quando o dono utiliza uma alimentação balanceada com ração, pode chegar aos 60 ou 80 anos", explica Paulo Machado, biólogo da Megazoo (MG).
Ele explica que a semente de girassol, uma das mais comumente usadas na alimentação dos pássaros, contém dez vezes mais gordura, duas vezes mais "energia", além de excesso de proteínas e falta de minerais e vitaminas importantes para eles.

"Apesar de existirem muitas doenças relacionadas à presença de micro-organismos, como bactérias que afetam o sistema digestório ou respiratório, as mais comuns entre as aves ainda são as insuficiências nutricionais", afirma a veterinária Mariana Pestelli do Pet Center Marginal (SP)

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Na hora de visitar o veterinário
Quando o passarinho não está bem, ele também dá sinais de que precisa visitar o médico. Dentre os sintomas estão "parar de comer, ficar encorujado (quieto no canto da gaiola), dormir muito durante o dia e arrepios constantes", afirma a médica veterinária Mariana Pestelli, do Pet Center Marginal (SP). Também é importante lembrar que ele precisa de uma gaiola que possa transportá-lo para o veterinário. Se ela for muito grande, ele acaba se batendo dentro dela, e o poleiro, mesmo que a gaiola seja apenas para transporte, nunca pode faltar. Ainda é um sinal de que o pássaro está saudável quando acontece a troca de penas, que ocorre todos os anos e, às vezes, até mais de uma vez ao ano.
Comportamento
As aves têm a tendência de ser mais sociáveis com um dos integrantes da casa, e a sua índole e lembranças são similares às de um humano. "Elas têm muita memória, então, de acordo com os acontecimentos, associam a pessoa a algo bom ou ruim", explica Machado. Algumas podem ser sociáveis com crianças, mas o biólogo não recomenda que as muito pequenas tenham contato com o bichinho, já que ele pode bicá-las, caso aconteça algum erro no manejo.
EU SEI FALAR!
Apesar de serem bastante conhecidas como faladeiras, cantoras e, às vezes, até barulhentas, não são todas as aves de estimação que têm essa habilidade. Entenda as diferenças entre elas:
Calopsita - Emite sons distintos, mas não fala
Papagaio - É bastante falador e pode aprender várias palavras
Periquito - Pode conseguir pronunciar palavras, mas poucas
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MITOS E VERDADES SOBRE AS AVES DOMÉSTICASElas costumam dormir de pé? 
SIM, os passarinhos dormem em pé no poleiro. Eles também podem esconder a cabeça embaixo da asa para ficarem mais confortáveis durante o período de descanso.
Todas as aves possuem língua?
SIM, mas ela não funciona da mesma maneira que a humana. A língua das aves tem menor valor gustativo e não é necessária para cantar. Entretanto, isso também depende de cada espécie. Os papagaios, por exemplo, usam esse órgão com função tátil e sensorial.
Se você repetir várias vezes as mesmas palavras, elas poderão aprender a pronunciá-las?
SIM E NÃO. Falar é a capacidade que o pássaro tem de imitar sons, e isso varia de acordo com a anatomia da faringe de cada espécie. Normalmente esse processo é consequência da interação com o dono, já que esses animais são extremamente sociáveis, além de serem capazes de fazer conexões. Ela aprende que, ao dizer "estou com fome", receberá comida, e isso é um processo de condicionamento, por exemplo.


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